terça-feira, 14 de outubro de 2008

Soluços de minha mãe...

Criança, nos agarramos a sua saia, dependemos de suas mãos, de seu carinho. No curso da vida, recebi seu amor, do seu jeito, mas profundamente mãe.
Agora , crescidos, pais, alcançamos a idade madura da vida e nossa mãe , de condudora, precisa ser conduzida. Frágil, sensível, carente. Seus olhos outrora vivazes como estrela, tornaram-se pequeninos, translúcidos, esmaecidos pela tristeza, pelos conflitos internos de querer conduzir-nos e não poder. Fragilizada mãe, tenta impor-se e sem saber como, ationge-nos com palavras agressivas.

Sei que sua origem decorre da idade, do medo, da ansiedade, da insegurança que não quer confessar... o que fazer... amanhã serei eu... quem dos meus filhos haverá de me querer sem rotular-me de estorvo?

Voce não é um estorvo. Temos vidas diferentes e queria cuidar-te. Não sei se docilmente voce aceitara Não sei se confia deixar-se cuidar por mim... eu, relapsa... eu mãe, eu filha...

O seu choro sentido dizendo que retorna a casa para morrer, desafabando suas dores, os seu temores, a sua fragilidade, o seu medo... mãezinha...como eu queria te por no colo.. como eu gostaria de ter dar uma vida melhor, um conforto, uma tranquilidade que mesmo hoje não posso dar ainda aos meus filhos...

Como te amo, mamãe.