quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ANO NOVO


Para milhões de pessoas , é motivo de festas, farras, bebedeiras, excessos.
Para mim é apenas o virar do dia 31 para o dia primeiro, como acontece todos os meses.A diferença é que contamos os anos, ficamos mais velhos, mais maduros, mais amargos , talvez.

Perdi o encanto de festas natalinas, apesar de gostar delas,dos brilhos da luzes, mas esta solidão, esta ob rigação, não me encanta mais. Todos os anos surge alguma discurssão. Deixei de ir a praia por conta das inúmeras amarguras que passei, das lágrimas que rolara em meu rosto, dos pés dolordos, do rosto cansado e ainda ter que correr com taças e champanhes, vigiando a penca dos filhos, e correndo atrás do marido para chegar poucos segundos antes da meia noite.

Muito egoísto, muita humilhação, muito sofrimento para agradar a quem não pensava cuidar-me. Cansei.
Hoje entendo porque algumas pessoas preferem passar dormindo, em suas casas.

Festa é coisa de família, amigos, senão para que esta loucura toda?

Reflito sobre minha vida e percebe meus filhos tão desencontrados buscando um porto seguro de sentimento em alguma pessoa.... então hoje, mais uma vez magoada, falei para o Sr. B que se o abandono existe é por causa do seu jeito anti-social, de sua prepotencia, de sua ignorância e prazer sádico de humilhar , gritar , pisar e ferir com palavras e atitudes a sua  falta de educação , espantando parentes, filhos, amigos, por puro constrangimento.

E assim, vai indo . omo todos os anos, sem saber as surpresas felizes ou não que nos reservam o futuro.
Meus Deus, a minha vida e a de minha família sempre estará em suas mãos, portanto que venha o Ano Novo com paz, serenidade, amor, trabalho, felicidade....

Que o filho mais novo se ajuste com a companheira que arrumou, que a filha mais nova se case , seja feliz e faça uma faculdade, que o mais velho amadureça com sabedoria e inteligência e a menina mais velha encontre a sua fecilidae, o porto seguro de seu amor, de seu trabalho....

Senhora B - 31/12/2010 - 01:54   E X A U S T A ! ( BK em MG , RK fora do ninho e por ai vai)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Filho não compreende o coração de uma mãe

Filho não compreende o coração de uma mãe.

É bem verdade que na adolescencia temos olhos apenas para a paixão que arde no coração. É a semente do amor fincando raízes e neste momento, mãe, pai, ninguém do mundo é mais do que aquela paixão. Então sonhamos para uma filha, um casamento, com vestido de noiva, grinaldas, igreja, tudo aquilo que uma mulher verdadeiramente sonha ao começar sua vida: Um casamento, um álbum de lembranças de um dia em que o seu amor foi consagrado, para mostrar aos seus filhos, seus netos. Faz parte da história, mas parte do sonho de qualquer mãe, qualquer pai. Qualquer um que afirme o contrário, mente para si mesmo.

E se isto não acontece, não estamos preparados para esta frustração que se transforma numa quase mágoa, numa convivência difícil com seres diferentes. Eu quis uma mãe e ganhei uma SOGRA. Eu queria mais um filho e estarei ganhando um GENRO.

São situações difíceis de lidar, pois se tratam de tantas pequenas coisas que envolvem um relacionamento familiar. Eu sempre com este meu jeito de pensar em não magoar os outros, acabo sendo magoada.

Neste momento a vontade é desligar-se de tudo, deixar rolar, esquecer que eles existem, deixar seguir a vida do jeito que quiserem... me afastar.... aí tenho realmente pena do Senhor B....ou ...pena de mim...sonhei tanto, amei tanto, renunciei tanto... para quê? Porquê?

Onde errei em suas diretrizes? Tão diferentes.Terá sido o amor cego e submisso que vivi que os transformaram assim?

São tantas as minhas frustrações que escondo e sufoco no sorriso bobo e simpático de que nada está acontecendo....são tantas.....

São tantos os sonhos que deixei de realizar....

(Senhora B em 06/12/2010 - 22:18hs)


sábado, 4 de dezembro de 2010

Menina voluntariosa

Pois é assim, uma menina voluntariosa, decidida a viver suas aventuras, seus sonhos, do seu jeito.... Atrevida, viaja, conhece lugares, satisfaz uma frustração ou um sonho, que eu mesma jamais tive coragem de viver, de criar asas....

Meiga, carente, ciumenta , possessiva, objetiva, procurando se encontrar....minha menina que anda por si, que não faz o que eu gostaria que fosse feito, cuja vida somente a ela cabe viver, cumprir suas metas, voar alto, ser feliz...

O que posso dizer? Que Deus te abençõe, que te proteja sempre e que seja feliz do seu jeito. O arbítrio pertence a cada um de nós, e somente cada ser individualmente pode escolher e seguir o seu destino. Eu somente posso  te amar, te abençoar, e te consolar, quando precisar de um colinho.

(Senhora B em 04/12/2010 - 17:48hs)

Para onde?

Imagino , na verdade eu procuro imaginar qual é o grau de dificuldade financeira de invasores de propriedades particulares....

São sempre taxados de coitadinhos, sem teto, mas estão sempre construindo...construindo....construindo....será que o dinheiro gasto com obras em terrenos de terceiros  não poderia servir para comprar um terreninho em áreas descampadas? E ai sim, com seu direito de propriedade , construir o que quiser? Ora, ora.... este tuc tuc de pregos, martelos e madeiras  me incomodam.

Por tudo, pelo governo que não dá a minima, mas que é capaz de criar problemas se eu fizer obras. Mas invasãoes?! .... Ontem caminhava por uma rua onde via uma destas invasões...cheia de placas de "vende-se esta casa, vende-se uma lage".... É um verdadeiro descaso do poder público enquanto nós pagamos por água, esgoto, luz, telefone , impostos ....

Para onde caminham a educação, a cultura e o respeito das pessoas ?

(Senhora B - 04/12/2010) 17:32hs

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Velha Casa

"Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado."


(Antoine de Saint-Exupéry)
 
 
Senhora B - 05/11/2010 - 00:23hs

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Abstrato

Foi um momento meu. Criação minha. E ficou bonito, abstrato, colorido diferente.

Mas hoje, agora, pensava neste momento, na chuva calma, pacífica, molhada e fresca de ontem a noite.

Ver os seus pingos, ouvir o seu barulho tranquilizador, porque esta chuva, não era uma chuva má. Era apenas a mesma chuva que molha corações, almas e mentes, serenando, purificando....

É chuva de lembranças, é momento de serenidade necessária .  Instantes que passamos  sentindo o tempo fluir tão rápido, deixando uma sensação inacabada de tudo...
(Senhora B - 27/10/2010 22:49hs)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

MOMENTO CINZA.

Às vezes tentamos mudar alguma coisa, fazer algo diferente... Assim como o direito de curtir um feriado... Bobagem... Certas coisas não mudam!

Esquecer os problemas e colorir a vida para novos mergulhos energizados é apenas um sonho na imaginação da vida que construí para mim. Parece ironia.... Estou presa, asfixiada, dentro de uma garrafa. A garrafa de minha vida onde covardemente entrei, fugindo as aventuras do mundo para olhar apenas o que eu quis: o amor, o sentimento a insegurança, a fragilidade, a covardia de ser eu mesma. Tão forte e tão fraca....


Tão idiota, tão sem personalidade. Medo... Medo.... Medo... Será medo do quê? De me sentir perdida, sem rumo, sem forças, sem objetivos? Do que eu posso dizer estar realizada? Do casamento? Dos filhos? Do trabalho? Bah! Se eu quiser ter algo, eu tenho medo. Medo de pedir, medo de brigar, de tornar minha vida um inferno... E não será um inferno a vida que eu vivo? Aquele inferno de submissão. Submissão. Submissão!!!!!!!! P..... Sou um ser rastejante, nojento e covarde que não tem coragem de brigar pela própria felicidade e vivo ao lado de uma pessoa eternamente egoísta, grossa, amargurada, doente... É doente..... Só pensa em trabalhar... Trabalhar.... E vive em redemoinho de problemas...... E eu..... Cansando... Cansada.... Velha..... Acabada... Largada... Sem sonhos, sem realizações... Fraca.... Fraca.... Deprimida..... Gasta..... Deixando fluir minha alegria de viver, deixando partir meu jeito alegre, moleque de ser.... Cansada.... Fraca... Inútil... Objeto.... Sem graça..... Desgostosa de tudo....

(Senhora B – 11/10/2010 - 18:20hs)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Laços familiares

Em 22 de maio de 2009, iniciei algumas anotações sobre a história de Francisca, minha mãe. Ela faleceu em 25 de maio de 2009, deixando um vazio e uma saudade imensa em meu coração. Ao longo destes meses, fui tomada de muitas ocupações, muitas atribulações, que recebi como remédio que afastava a loucura da depressão, e mesmo assim, diariamente lançava meu rosto para o alto, buscando no céu, entre as nuvens e as estrelas, ver o seu rosto, o seu olhar, o seu sorriso, que está gravado em minha alma e em meu coração.


NESTE PERÍODO , RELEMBRAVA TAMBÉM O MEU PAI, SENTINDO CULPA POR ESTA DEVOTADA ADORAÇÃO POR MINHA MÃE, E TENTEI RESGATAR OS LAÇOS FAMILIARES , como se estivesse provando a mim mesma que também não o esqueci.

Devoto as minhas raízes queridas e amadas, o mais profundo respeito e amor. Então, neste fim de semana, depois de longos e longos anos, em razão de uma doença do primo José Osório, reencontre a prima Leny.

Tantas histórias misturadas entre presente e passado, assuntos que rolavam com leveza e facilidade, substituindo o salto dos anos como se tivéssemos nos visto ontem, apenas. A minha alma se regozijava de paz, de alegria por estes momentos familiares.


Mais algumas histórias sobre papai, Francelina, Maurício, os tios, a prima Lilian, suas filhas, Paula, tão bonita... Voltava as recordações saborosas de vir ao Estado da Guanabara, junto com papai, atravessando as Barcas, para visitar vovó no Natal e ver toda a família reunida....


(Momentos de Senhora B, - encontro de 18/09/2010 – relato em 20/09/2010)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Coração Dolorido

Coração Dolorido






Ontem meu coração ficou sentido e desconsolado. Senti um sentimento de pequenez, humilhada e despedaçada. A grosseria de sempre na frente das pessoas a quem tanto prezo: família. Lágrimas brotaram soltas de meus olhos, desconsolada, desolada, só!

Em meio a sensação de humilhação veio a mágoa, ressurgida de meu baú de amarguras. Aquele baú em que jogamos os sentimentos ruins e tristes fora, tentando colocar um lacre a sua volta...mas ... as vezes ele é reaberto....

Senti um vazio, uma solidão, em determinados momentos, senti a vontade de ir-me. Para que ficar? Porque ficar? E senti aquele vazio enorme ...saudades de minha mãe. A dor então brotou mais forte, profunda, sentida...ferida...



Para distrair os sentimentos, resolvi jogar velhas agendas fora; Agendas de anos... frases soltas, recortes de jornais , anotações, lembranças. Resolvi diminuir o peso dos anos guardados em papel, e fui rasgando as folhas, ora lendo saudosa, ora recordações surgindo... de repente encontrei um cartão cor de rosa, com flores, letras azuis brilhantes.... Cartão de mamãe... a sua saudade e o seu amor impregnado no papel como eterna e viva lembrança de seu carinho, de seu amor por mim..era a mensagem que eu precisava receber para sentir o seu acalanto, o seu amor naquele momento de fragilidade e solidão. Era como se ela estivesse me vendo e ouvindo e tocasse para aquelas agendas, mostrando , expressando o que para mim é tão importante: a família, a o respeito, o amor, a união, o carinho.



Eu não podia deixar passar... não registrar o momento que tocou fundo em minha alma. Ter a sensação de leveza e fazer a defesa dos meus, continuar desapegadas de coisas e deixar de olhar para trás.... eu , mulher feita, envergonhada por expor minhas fraquezas. Demonstrar a submissão heróica de manter uma união... mas de não desejar que as pessoas a vejam no chão, magoada, sofrida, frágil , humilhada, calada, fugindo da vergonha dos gritos, dos escândalos...



Eu , silenciosa, calada, olhos contritos, sem palavras ... criança...frágil...evitando o constrangimento....e me questiono quem sou... feito ostra fechada, mas sempre tão risonha, falante, amante, dócil....



Eu....eu...frágil, forte...solitária, amarga em dias sombrios e cinzas, por mais que o sol brilhe no alto do céu...



A dor esmaece... o coração recupera o viço da vida... e depois ... é a dor que me faz escrever...expor meus sentimentos...descrever quem sou...



(Senhora B – 13/09/2010 ‘as 15:59hs









Ontem meu coração ficou sentido e desconsolado. Senti um sentimento de pequenez, humilhada e despedaçada. A grosseria de sempre na frente das pessoas a quem tanto prezo: família. Lágrimas brotaram soltas de meus olhos, desconsolada, desolada, só!

Em meio a sensação de humilhação veio a mágoa, ressurgida de meu baú de amarguras. Aquele baú em que jogamos os sentimentos ruins e tristes fora, tentando colocar um lacre a sua volta...mas ... as vezes ele é reaberto....

Senti um vazio, uma solidão, em determinados momentos, senti a vontade de ir-me. Para que ficar? Porque ficar? E senti aquele vazio enorme ...saudades de minha mãe. A dor então brotou mais forte, profunda, sentida...ferida...



Para distrair os sentimentos, resolvi jogar velhas agendas fora; Agendas de anos... frases soltas, recortes de jornais , anotações, lembranças. Resolvi diminuir o peso dos anos guardados em papel, e fui rasgando as folhas, ora lendo saudosa, ora recordações surgindo... de repente encontrei um cartão cor de rosa, com flores, letras azuis brilhantes.... Cartão de mamãe... a sua saudade e o seu amor impregnado no papel como eterna e viva lembrança de seu carinho, de seu amor por mim..era a mensagem que eu precisava receber para sentir o seu acalanto, o seu amor naquele momento de fragilidade e solidão. Era como se ela estivesse me vendo e ouvindo e tocasse para aquelas agendas, mostrando , expressando o que para mim é tão importante: a família, a o respeito, o amor, a união, o carinho.



Eu não podia deixar passar... não registrar o momento que tocou fundo em minha alma. Ter a sensação de leveza e fazer a defesa dos meus, continuar desapegadas de coisas e deixar de olhar para trás.... eu , mulher feita, envergonhada por expor minhas fraquezas. Demonstrar a submissão heróica de manter uma união... mas de não desejar que as pessoas a vejam no chão, magoada, sofrida, frágil , humilhada, calada, fugindo da vergonha dos gritos, dos escândalos...



Eu , silenciosa, calada, olhos contritos, sem palavras ... criança...frágil...evitando o constrangimento....e me questiono quem sou... feito ostra fechada, mas sempre tão risonha, falante, amante, dócil....



Eu....eu...frágil, forte...solitária, amarga em dias sombrios e cinzas, por mais que o sol brilhe no alto do céu...



A dor esmaece... o coração recupera o viço da vida... e depois ... é a dor que me faz escrever...expor meus sentimentos...descrever quem sou...



(Senhora B – 13/09/2010 ‘as 15:59hs) ________________________________________

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sogra deveria ser uma mãe que nos adota.

Minha sogra.
Não é bem um exemplo de mulher amiga, mãe acolhedora , cúmplice dos netos.
Não, não é.
Minha primeira visão, meu primeiro contato foi chocante para uma menina-moça ingênua de 19 anos.
Ingênua sim porque fui criada com todos os cuidados de mãe e de pai.
Mulher rude, grossa, ignorante até, em seu comportamento em suas atitudes.
Nunca obsevei um olhar carinhoso.
Assombrou meu relacionamento com meus próprios  filhos até que eles atingissem a adolescência...
Senti esta falta de carinho por muitos anos.
Busquei mais um colo,  uma mãe, e me vi diante de alguém que me rejeitava todo o tempo, por longos anos. Por isso, embora penalizada, compadecida, reverti este carinho para a mãe de minha sogra.
Mulher inteligente, vivida, sabia como fazer uma situação ficar a seu favor.
Sabe aquele ditado: Se não pode com o inimido, una-se a ele? Foi assim.
Como não podiam nos separar (eu e o senhor B) , ficou  ao meu  lado, foi um ombro confidente quando eu mesma não queria magoar ou preocupar minha mãe com as aflições de um casamento em que desabrochamos juntos, no estudo, no trabalho, na vida a dois.Senti sincera e profundamente a sua passagem em 12 de setembro de 2002.
Por minha sogra eu sinto pesar .
Pesar por ela manter-se ainda isolada do mundo, de não ser sociável, de ter sempre uma tirada ríspida , cinica e sem afeto, sem sentimentos e sem preocupações de ferir alguém com seu sarcasmo... com suas palavras.
Muitas vezes imaginei se a culpa de tudo isso fora da matriaca, que tomou conta da família, da filha, dos filhos da filha e dos netos da filha ,numa sinuosa manipulação de suas vítimas . Tudo era muito estranho, misterioso.Por isso compreendo certas atitudes do Senhor B, que critico, mas entendo , por não ter visto em todos estes atos, traços de amor de sua mãe aos seus filhos. Por isso meu carinho de esposa, de mãe que não lhe afaga os cabelos, não lhe consola em momentos de dor e de incertezas...
Agora envelhecida, combalida, fustiga meu coração de dor, porque penso na minha mãe que já não está ao meu lado.
Então sinto vontade de acariciar seu rosto, de ouvir-lhe as histórias que não conta, não sabe contar.
De dar-lhe o afeto que não soube colher dos filhos por sua rispidez, secura....
E aproxima-se a hora de sua partida.
Um a um, os personagens seguem o seu destino.
Poderia redimir-se e abrir seu coração em flor, flor de amor...talvez esta mulralha tenha sido tão fortemente construnida com seu egoismo, com os rancores que existiam entre mãe e filha...
Deus. Apiede-se de seu coração e abra uma brecha de amor em seu espírito.
Que ela possa refletir sua vida , abrir-se ao amor dos filhos, ao menos uma vez, antes de ir....Eu sinto dó. Porque não interromper um carma de mágoa e rancor? A vida continuara fora daqui.
Estaremos uma vez mais, órfãos, sozinhos, vazios e carentes por este amor de parentes. Amor de família. Amor de união.
A sogra não deveria ser uma sogra. A sogra é uma mãe que adota um filho , sendo ele genro ou nora, mas que integra a continuidade da família.
Lamento não ter tido , ao longo desta existencia, experiencia suficiente para derreter um coração duro e gelado , ao nossos olhos. Por ela não ter permitido esta aproximação. Por ter impedido que os raios de nosso amor lhe alcançassem. Mas, peço sinceramente a Deus, que lhe toque o coração e o de sua alma, para que receba o esclarecimento necessário para viver uma nova vida.
(Senhora B em 02/09/2010 - 20:41hs. - Ontém foi o aniversário dela)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

lembranças e historias

Quando acessei o blog voltei meus pensamentos para a a zona portuária do Rio de Janeiro. Busquei  recordações das palavras, conversas de meu pai sobre o bairro onde morou e onde se casou pela primeira vez. Sempre ouvi mamãe dizer que papai havia se casado aos dezenove anos. Não é verdade. Estes dias achei no meio de seus papei a certidão de casamento dele, em 1939, na Ilha do Governador, quando ele morava na Rua do Propósito e Francelina também. Nós, crianças, ouvimos tantas histórias  quanto aquela de que ele era exímio dançarino do clube dos Fenianos. Guardo o bolso bordado em cetim até hoje. Mas voltando a certidão de casamento, ela é uma relíquia original, autentica, em traços manuscritos belíssimos como as caligrafias de antigamente.
Meu pensamento viajou.  Curioso que, quando penso no meu pai, eu vejo meu filho mais novo, na sua morenice, sapeca, dançarino.....e por sinal, também coincidentemente casou aos 22 anos, e também foi morar na Rua do Propósito. O casamento durou apenas um mês. A histíra está contada por aqui, em uma destas páginas deste ou do outro blog.
Papai contava sobre o casal de filhos que teve: Mario e Mara. Ambos morreram bebês, um de crupe, outro de desinteria. Seus ossinhos estão no mausoléu da família.
Eu não compreende este meu fascínio pelo passado, pelas histórias dos familiares, muito embora sempre falo de mamãe, deixando meu pai  de lado...não por falta de carinho. Pois então. Papai enviuvou e acho que devo ter em meus guardados, algum documento que mencione a data do falecimento de Francelina. Dizia ele que o vício pelo alcool começou quando perdeu os filhos e depois a mulher.... outros diziam que a profissão de conferente de cargas e descargas do Porto do Rio de Janeiro era dada a bebida, mulheres...não sei. A casa onde vivi, a casa "rosa" de arcos, com São José protegendo de um lado e Nossa Senhora da Conceição do outro, parece que foi projeto de seu ex-sogro. Preciso pesquisar um pouco mais sobre isso. Mas a família dele era do Ceará e muito unida. ele tinha mais dois irmãos e duas irmãs: Maria Alice, Maria Carmélia. Mamãe sempre falou muito bem de vovô e dizia que vovó era mais autoritária, implicante. Vovo faleceu quando eu tinha dois anos, mas lembro perfeitamente dele no seu leito de morte, na casa do bairro do Riachuelo. Vovó faleceu quando eu tinha dezoito anos e ela morava com minha tia, no Lins.Era bonito de se ver a reunião de família, nos dias festivos, no Natal e eu ficara muito orgulhosa de vir com meu pai para o Rio ( Estado da Guanabara) atravessando as barcas , pegando ônibus em mais de duas horas de viagem para visitar vovó. Era lindo ver todos juntos em torno da matriarca da família. Com a sua morte, as visitas eram mais escassas, até porque estavamos mais crescidos, outros problemas surgiram em família com o vício da bebida que embora tenha acabado com o casamento de meus pais, não os afastaram um do outro. Haviam brigas sim, mas um cuidava do outro e mamãe sempre nos dizia que papai sempre lhe fora fiel. O cíume e a doença do alcool realmente quebrou a felicidade em que eu magicamente vivia na ilusão infantil, de um casal feliz e sem problemas.
A luta foi grande. Viviamos em um quase sítio, com galinhas, cabritos, carneiros, porcos, hortas, pomar... mamãe sempre gostou de árvores e plantas e ensinava prazeirosamente para que servia cada plantinha, como camolila, capim limão, erva cidreira, lima da pérsia, erva doce, colonia, guiné , jurubeba, maracurá, urucum, tanjeina, jamelão, algonão , manacá, brinco de princesas, papoulas, coqueiros, margaridas, rosas, jenipapo, para-raio, barba de velho, mexerica, melãozinho, cenourasm alfaces tomates e um sem numero de coisa interessante para nós, e as vezes meio nojento como ter que tomar leite de cabra, sem saber como isto é ótimo. Ah! laranja da terra.pé de acácia, flambloyant, paineira e ipê.... Eu cresci vivendo tudo isto.  Pássaros cantando ao amanhecer, sereno gotejando nas flores e na relva quando caminhava para a escola de manhazinha... , as teinhas de aranha brilhando ao sol junto aos galhos... ahhh...tinha também pé de graviola, de goiaba, de jaca, cajueiro e mangueira (carlotinha).  Este era o mundo de papai e de mamãe. O meu mundo.  E o brilho deste mundo foi caindo, foi se despetalando com o passar dos anos... foi tudo se acabando.... o amor, a família, a alegria inocente de acreditar na felicidade aparente... Muito sofrimento se passou sob os nossos olhos. Eu não sabia.... e depois não compreendia.... eu sinto falta do meu pai.... durante toda a minha adolecencia e rezava para que ele não morrer sem que eu entrasse na faculdade. Depois rezei para que ele me visse formada. Depois para que ele entrasse comigo, na Igreja, no meu casamento. Depois para que ele pudesse ver pelo menos um neto. Eu consegui e sei que ele sentiu este orgulho por mim. Acompanhei o seu sofrimento de morte. Estive ao seu lado nos ultimos três suspiros de partida. Sonhei com uma estrela azul, anunciando sua ida...Tenho carinho pela casa onde construiu seus sonhos. É a casa de meu pai. Tenho carinho por onde passou e por onde viveu a sua família e a sua história. Eu respeito todas as recordações que tenha, sejam elas amargas, tristes, alegre ou emocionantes. E sei que mamãe , do seu jeito, o amou . No fim de sua vida, cuidou dele como se fosse seu filho. Mas hoje, a história, é sua , pai. As lembranças do bairro que voce tanto falava, onde seus pais e irmãos também moraram...Hoje minha filha, sua neta, vive por lá , vivendo e trabalhando na casa que era do Tio, e já amando aquele lugar, no clima de nostalgia. Não sei o que encanta, talvez a muitas historias que conto até mesmo do lindo amor de seu irmão e sua cunhada. Eu adorava o tio, com seu sorriso lindo, sua voz macia e tão parecido com você.  Você não foi uma pessoa má. Superado o vício da bebida, como era bom conversar contigo. E hoje, focando voces pai e mãe, não me cabe jamais julgar seus problemas , suas dificuldades, mas posso dizer que fui muito, muito amada por ambos.Sei que, se sou justa, se sou correta e honesta, devo a educação , a orientação que tive. A viagem de meu pai foi em 87. Confesso que eu me sentia uma criança. Mas eu vi e vivi todo o amor de mamãe por ele, em seus últimos momentos de vida e todo este amor ficou enraizado dentro de mim. Até hoje eu sou uma criança sentindo a falta de seus pais. de suas histórias. Toda uma vida não foi suficiente para conhecer todas as suas histórias  e guardá-las para as gerações futuras.
(Senhora B, para meu pai, Senhora M. em 01/09/2010 'as 23:12:hs)

domingo, 22 de agosto de 2010

Mamãe branquinha

Mãe......mamãe branquinha,
olhinhos verdinhos...
mamãe estrela,
mamãe saudade,
mamãe Chiquinha.
Você me vê, mãezinha?
Você me escuta?
Sinto a tua falta. Cheiro o teu cheiro, o coração dói.
Vejo as páginas de minha vida. O que vivi de você, mãezinha? Sozinha, sofrida e eu aqui. Eu AQUI!
Saudade de você, mãe.
Será quie eu te conheci ou conheci apenas a mãe dos meus olhos?
Você enviuvou aos cinquenta anos e embora aparentasse senhoram era uma menina... como eu sou, como eu me sinto agora.
Mãezinha, eu imagino que sentia as mesmas dúvidas sobre o caminhar dos seus filhos, mas Chiquinha tinha fibra.
Chiquinha teve fibra até para morrer...
Você foi tão cedo...
Com quem falar as minhas dúvidas, com quem aprender as experiências de vida que voce tinha, com quem desabafar, mãezinha?
Você taí?
Tá me vendo escrever?
Ouve as batidas de meu coração e as lágrimas que rolam em meu rosto?
Queria teu abraço, enfiar a cabeça no teu peito e poderchorar , apenas...
Como pode uma mulher adulta, de cinquenta anos, chorar de saudade de sua mãe?
Minha musa eterna.
Se jovem sempre fiz meus versos e poemas pra voce, poque não agora?
Daí de cima, do céu, sorrindo junto as estrelas , olhe para mim.
Ainda me sinto criança , precisando de seu carinho, de sua força, de sua energia, mamãe.
Saudades....saudades. ( Gracinha)
(Senhora B. 22/08/2010 - 19:35hs)

sábado, 14 de agosto de 2010

O tempo e o vazio.

Ontem foi sexta feira , treze de agosto e eu gosto das sextas feiras - treze -. Adoro gatinhos pretos,normalmente são um charminho. Mas ontem , hoje, com meu próprio automático ligado, seinto uma vazio, grande,. enorme, uma falta de conteúdo, uma fuga do mundo, um desinteresse total por cor e sabor e papel, e caneta. Não consigo esmiuçar meu coração, minhas expectativas, minhas esperanças....de repente , num relance de olhar-me num espelho de loja o que vejo não empolga meu lado lírico, empírico, poético, abstrato, imaginativo, alegre, fugaz, menina, levada, feliz...Eu vi de repente o tempo! Quanto tempo . Terei tempo? Viverei o meu tempo? A mocidade passou, os encantos se foram , o Outono está passando e o inverno se aproxima...

Vejo o rosto, as formas , a pele.... tudo tudo se modifica. Minhas mãos demonstram seua primeiras marcas da vida que não plantou hortaliças , árvores, flores e frutos . Apenas folheou páginas livros, cadenos, escreveu, acariciou...Lá se vai a vida passando.... lá se vai....
Senhora B - 14/08/2010 - 23:41hs

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desabrochar da borboleta...

Minha filha trouxe um poster seu para mim: Extasiada vi uma jovem linda e sedutora (e claro, senti-se orgulhosa ) e sorri imaginando a bonequinha que eu tanto pedira a Deus, para ter.

Linda, minha filha. Vejo as suas antigas fotos e percebo o seu desabrochar como mulher.
Linda, sem sombras de dúvidas.
Mas antes de admirar sua beleza, fustiga minha alma as muitas perocupações de mãe, sobre a vida e seus perigos, suas armadilhas.

Em tantas reflexões , impotente diante o curso natural em que o jovem acredita que sabe cuidar de si , somente posso orar a Deus para que sua beleza exterior não seja maior daquela interior. E oro por sua felicidade, sempre.

E buscando decifrar esta borboleta, encontrei um encanto de poema no blog da flor gisa:

"Sou como as estações do ano: No inverno, sou a crisálida antes de ser borboleta.Na primavera, alço o vôo e dou vazão à minha liberdade.Quando é verão, desabrocha todos meus sentimentos e,Quando chega o outono, completo a minha felicidade. Sou como as fazes da lua: Se estou na fase minguante, me sinto pequena e temerosa,Quando me torno nova, renovam em mim as esperanças,Ao me tornar crescente, vou aceitando com prazer os desafios,E quando completa o ciclo, me tornando lua cheia,a euforia me invade e todo o meu corpo se incendeia. Sou como as marés: Meu coração acompanha o compasso das águas do mar...Na maré alta, bate forte que chega a faltar o ar,Quando é baixa, bate fraco, chegando a descompensar. Sou como o céu: Meus sentimentos seguem as mudanças do infinito:Sou feliz quando o céu é azul e com nuvens de algodão,Quando é nublado fico triste, mas quando as estrelas cintilam e,a lua surge, clareando a terra com sua a luz prateada,nada mais me falta, sou uma pessoa completa. Apesar de tantos devaneios,a vida é uma dádiva de Deus e,vale a pena vive-la intensamente!
"

(Senhora B - 05/08/2010 - 21:47:00hs)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisas do além

Coisas do Além...


Minha irmã ligou pela manhã, ainda impactada com o sonho que acabara de narrar.


Sonhara com seu falecido companheiro , que a segurava e ela gritava e orava, sentindo-o gélido. Sentiu, viu em seu sonho quando uma socorrista o levou para outra dimensão.


Depois de tantas (mas ainda poucas) leituras, a gente passa a imaginar este mundo invisível , onde existem casas, escolas, hospitais, vida normal em continuidade a esta.


Eu dissei para que colocasse o nome dele nas missas. Orar sempre é bom.
Mais uma vez passo a refletir sobre o hoje, o agora , o que se pode fazer para melhorar o nosso espirito.


Mês que passou não coloquei o nome de mamãe e da Cris nas missas....fico incomodada quando deixo de fazê-lo. Não que a mamãe precise, pois entendo que ela é um ser iluminado e de muita consciência, mas não custa nada pedir e orar para que brilhe cada vez mais.


As vezes sentimos consternação com a passagem de um conhecido ou de um desconhecido, e as vezes nada sentimos.


Falta de afinidade talvez. Não sei dizer. Um filme pode trazer emoções ou pura indiferença. É terrível não compreender estas sensações , difíceis até mesmo de explicar.Então me pergunto o que poderia fazer... sei que neste momento a dor da perda é grande, não há palavras, não há consolo.  




De repente creio que pode ter sido as muitas mágoas passadas, e que embora tenha perdoado, deixou-me indiferente ‘as páginas viradas. 


Observei tanto orgulho, tanto amor próprio e tanta indiferença e desproteção, que gerou em mim um isolamento de indiferença, piedosa e distante. 


Para que relembrar mágoas do passado já perdoadas?


(Senhora B. em 03/08/2010 17:32hs)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pensando....

Passei o dia com uma enxaqueca daquelas. Por várias vezes me peguei colocando a xícara quente de café , no meio da testa, na esperança de que o calor afastasse este incômodo latejante , ao ponto de congestionar o nariz.

Tenho buscado um sono tranquilo a noite, o que em geral é difícil e sempre entrecortado, ora com os latidos dos cãe, ora com o telefone, ora para abrir o portão nas primeiras horas da manhã.

Faço a minha reflexão : Eu mesma não paro, não posso parar. No início achava até bonitinho ser super tudo, presente, atenta , prestativa, mas chega uma hora que isto cansa e a gente também quer um colo, um afago...

E assim correm os meses, as semanas e os dias. Eu envelhecendo na mesmice do dia a dia. As vezes me questiono o que poderia ser diferente se meu temperamento não fosse assim tão domesticado...

E um dos filhos está na rua até agora. Preocupações de mãe. O ex-casado, ainda casado....

(Senhora  B.  00:01 de 30/07/2010)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Transformações

Branca ternura....dia a dia transformando a imagem,
dia a dia transformando o jeito de ser, deixando a brejeirice de lado, os encantos da juventude para
um perigoso mundo de mulher.

Seremos nós, mães , obrigadas a moldar os filhos? Seremos nós , mães, responsáveis por seus erros e acertos? Por seu sucesso ou por seu infortúnio? Não, não creio.

Em minha casa cada um tinha uma personalidade e se não sou a melhor, também não fui a pior. Cresci com os mais profundos sentidos de correção e honradez. Segui uma linha de extrema cobrança de mim mesma, e ainda sou assim.

...o que analiso então? Quais respostas busco? O que me deixa tão incomodada?

(Senhora B. 22/07/2010 = 23:23hs)


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Minuto romantico

Na minha idade eu ainda me encanto com o romantismo...e é tão dificil ver alguma pureza nas relações apresentadas em novelas... olha, uma Rosa com Amor é uma gracinha o casal protagonista. Um charminho. Isto realmente não existe, mas é muitos gostoso de ver como é delicioso ler um bom livro de romances.... Acho que me faz falta estas leituras doces, que energiza o coração, a alma, a vida, trazendo doçuras.

Eu preciso deste encanto em minha vida. Traz cor, traz sabor, traz amor.

Senhora B - 03/07/2010 - 21:17:00

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fui jovem, um dia


Fui jovem, um dia.



E quando somos jovens, não vemos o amanhã.


Não nos imaginamos maduras. E não imaginamos como o tempo passa veloz .


Guardamos em nossas memórias, a imagem adolescente de nossos colegas. Surpreendemo-nos quando os vemos, anos mais tarde, com feições marcadas pelo tempo, com alguns quilos a mais, muitas vezes também sem o brilho no olhar.

Eu também fui jovem, um dia.


Mas se o meu corpo já não é mais o mesmo, se o meu rosto também contém rugas da idade e preocupações pela vida, se os cabelos brancos são hoje disfarçados por tintas louras, claras, porque a surpresa?

É porque os meus olhos não enxergam o exterior, como críticos do tempo, vê o meu interior, não envelhecido, ao contrário, cada vez mais jovem, enrijecido e flexível , com mais cultura, mais experiência, mais serenidade...

Senhora B em 13/05/2010 12:47hs.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dias que passam

Escrever as vezes é complicado. Descrever o dia a dia ou passagens requer concentração. No momento está complicado concentrar-me. Mas ainda tenho momentos hilariantes. Há dias não consigo ir a cidae. Há muito tempo não tenho andado de Metrô. Gente, que absurdo. Esqueci como se colocava aquele cartãozinho, tendo relampejos de memória do tempo do ticket....Rsrsrsrs. Bem, fui para a estação e aguardei o trem......nada......nada......nada.......minha nossa, a hora. Já não bastava o engarrafamento louco dos onibus e carros, o metrô atrasa e vem finalmente um vagão....: CHEIO!!!!!!! NÃO CONSEGUI ENTRARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR. AHHHHHHHHHHH!!!!

Droga. Olhei para o relógio da estação. Cada lado tinha um horario iferente. Olheio para a hora marcada no celular: Quase 08:30...eu precisava chega no tribunal até 09:00hs.

Chegou outro vagão. CHEIO! Ah, não. Desta vez eu vou entrar. Gente! Gritei, chega pra lá. Tem espaço no meio do tem. Olha , foi um uhuhuhuhuhuhuhuh geral. Empurrei, dei piti, fiquei feito sardinha em lata, braço para cima , outro para baixo, espremida na frete de um senhor, de chapeu, blusa preta, bem a moda antiga. Até um charme, mas era um senhor, sabe. Pensei: Quanta humilhação a gente passa em ter que entrar em um trem apertado, sem espaço, espremida, desengoçada, desesperada. Nossa. Fora isso, a estação de transferencia agora é outra. Me senti um peixe fora dagua. É isso que dá não andar de metro, não estar por dentro destas novidades banais do dia a dia.  Desci na Central. Andei, andei.
Andei até ficar com dó de mim 
Legal, né. Deu até para lembrar da música do Caubi Peixoto. Mas é isso, gente. Caminhei bastante e verdade seja dito, o peso da gordurinha, faz diferença. Estou precisanto emagrecer, urgente. Apesar de ser feliz comogo mesmo, as vezes olhar para o espelho e não ver aquela que um dia eu fui, arraza. Então, bola prá frente, que amanhã é outro dia.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pai

Papai, Hoje , agora, 10:50 , fazem exatos 23 anos de sua partida. Os sentimentos atuais já não são tão dolorosos e talves em razão de compreender hoje, que voce VIVE, mas em outr dimensão. Certo ou essrado, continuo guardando lembranças do passado, a vara que voce espantou os cachorros no dia em que nasci, quando foi buscar D. Oscarina, a parteira. Lembro-me dela, com  aquelas sardas enormes, no rosto, curvada...
Lembro de voce , com  carinho, pai. Voce e mamae  partiram no mesmo mês de maio, mes de Maria, Mês das Noivas, Mes das Mães, mes em que o Rock nasceu, Thaís também.
Tenho a sensação de que voce esta em paz. Sou grata a voce. Tenho saudades da união de sua familia, de voce passeando comigo nas barcas, no Natal.
Meu coração está em paz, papai.
O céu não é o limite e uma outra vida espera por todos nós , embora desconheçamos o seu caminho, a sua realidade, se permanece aí ou se reencarnou no seio da família. Meu sincero amor, meu respeito, minha saudade, meu beijo para voce, como ainda guardo o seu beijo, escrito em caligrafia marcante e bela. Que Deus e os Mensageiros de Luz te abençõe e te acompanhe sempre, papai, onde quer que voce se encontre.
Senhora B - 04/05/2010 - 11:00

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Acabou abril

Êta mes(inho) difícil, tumultuado, corrido.....
Mês como sempre se IRPF, de trabalhar até tarde, de repetir as correrias de todos os anos.

E vem maio, e vem as lembranças, as dores , a saudade, os registros de tantas coisas.....

Obrigado Senhor, pelo mês que passei, por todas as experiencias, alegrias, tristezas, mágoas ou momentos de solidariedade ou de companheirismo ou de superação.  Resgato minhas forças todos os dias e Lhe dou Glória por tudo.

Amém. A Deus entrego o meu futuro e o de minha família. Estou es Suas mãos , na Sua Sabedoria.

Amém.

Senhora B - 30/04/2010 - 23:45hs

domingo, 25 de abril de 2010

Outra carta 'a minha mãe

Era preciso um momento de silêncio, uma música, um estado de espirito elevado aos céus.
Reflito sobre minha vida e tenho a impressão de que estou passando em branco neste mundo.Por mais que atravesse atribulações, tenho a Graça de Deus dentro de mim, as bençãos do mundo espiritual e terreno. Sinto isso.
Também sinto um enorme desapego, agora que minha mãe se foi para o plano superior, mas não posso ser egoista, e preciso cumprir também minha missão, olhar meus filhos, meu esposo. Meu espirito clama por conhecimento, por produtividade, por leituras sábias.
Neste momento toca-me uma linda canção " Return to innocence" de Enigma e Enya. Aliás descobri as canções de Enya. Lindas, tocantes , profundas. Ela parece uma fada.
Tenho tantas coisas a aprender, a desenvolver, a criar, a flutuar. Alguma coisa fala dentro de mim, algo místico, misteriorso, profundo, da qual não consigo ainda encontrar respostas. Muitas vezes sinto-me perdida, num mundo que não é o meu.
Ainda choro a passagem de minha mãe. Ainda sinto o seu abraço carinhoso, o seu cheiro, o seu olhar tão verde, tão brilhante, tão profundo. Eu sinto o seu calor o seu sorriso. Quantas saudades mãe querida, mãe amada. Elevo meu pensamento até voce. Desejo que esteja feliz, bem e brilhando cada vez mais.  Amo todos, mas voce sempre foi especial para mim, voce tambem sempre soube disso, mesmo quando me falava sobre a plantinha que nasceu em cruz no quintal como um sinal para voce. Mae amada . Voce estará todos os dias de minha vida dentro de meu coração, até o meu último suspiro. Não temo a morte pois sei que além de ser uma passagem, ela também haverá de me levar a um lugar especial, onde possa encontra-la.
Por enquanto eu tento ser para meus filhos, a mãe querida que voce foi para mim. Não sei se conseguirei colocar todos os meus filhos no rumo certo. Eu sinceramente espero.
Este é um diálogo nosso, mãe, um desabafo de saudade, que permito quando estou só com meus pensamentos , minha alma, meu silêncio. São onze meses de ausencia, quase um ano. Meses que passaram velozes, ferozes, audazes, com tantas coisas, para que talvez eu não caisse em depressão. Não fique triste maezinha. São saudades, voce sabe. Eu te amo imensamente. Minhas raízes?..... São mesu filhos agora, meu esposo que tantos conflitos trouxe a minha alma, mas que por alguma razão, Deus me fez ficar ao seu lado.
Receba então mãezinha, esta carta de saudade, de carinho e de amor. Receba meus beijos, meu abraço carinhoso, meu rosto de encontro ao seu peito , buscando o afago amado de suas mãos.

Senhora B - 25 de abril de 2010 - 20:22hs

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia a dia.

Atravesso um mês sem inspiração. Não é tristeza, mas ausência de ânimo para relatar o que se passa no fundo de minha alma. Neste mês eu fiz aniversário de casamento, minha irmã " enviuvou" , minha filha fez aniversário, roubaram a roda do carro de minha irmã em frente ao meu portão, o Rio de Janeiro naufragou em chuvas  e tragédias, Lady Laura partiu para seu novo lar...

Depois de muitos anos, após a passagem da Vó Leta, aqui em casa teve uma suave comemoração do aniversário da minha filha. Tipo assim...bolinho, refrigerante, algumas pessoas amigas. Como sempre, ela agita estas coisas da noite para o dia. No mais, as dificuldades de sempre. Ou a rotina de sempre, melhor dizendo.

Senhora B 23/04/2010  20:50hs.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

E agora começa o mês de abril

Primeiro de abril ainda é o dia da mentira? Tantos anos se passaram que as brincadeiras escolares fora ficando para trás. Vagas lembranças que são armazenadas no sótão de nossa memória. 

 Neste momento o pessoal empolga-se com o feriadão da Semana Santa, com os ovos de Páscoa... Os valores  realmente não são os mesmos. Estamos de fato carentes de família, de tradições, de emoções . A Páscoa ainda sensibiliza-se por lembranças da infância,  de ninhos de capim coberto de flores aguardando o coelho passar para deixar seus ovinhos.

Mamãe fazia sempre conosco. Curtia. A lembrança mais amarga foi quando ela , sem dinheiro para os ovinhos de chocolate, colocou em seu lugar, olhos de galinha, pintados de rosa, como aqueles oferecidos nos botequins.

Foi uma choradeira geral.  Ela pediu para fazermos um ninho ainda mais bonito. Então na manhã seguinte, havia ovinhos pequenos com papel laminado, coloridos, para nossa felicidade.

Anos mais tarde,  eu soube que ela não tinha dinheiro e pediu emprestado 'a vizinha, para poder comprar aqueles ovinhos.

Esta história ainda me emociona, e me faz amar e valorizar sempre, a mãe amorosa que tivemos.


Senhora B, 01/04/2010 - 13:56hs

quinta-feira, 25 de março de 2010

frases soltas

"Caminhe na certeza de que os instantes são únicos,os momentos não se repetem,os dias não se refazem e algumas pessoas a gente não esquece"!"(autor desconhecido)

Senhora B - 25/3/2010 - 23:28hs

sábado, 13 de março de 2010

Observando e refletindo


Como mulher , observo a reação de um rapaz revoltado. Pergunto-me sobre as razões de tantas revoltas. Desde pequeno, problemático, embora sempre muito gracioso. Tem casa, tem pais, não passa por necessidades, mas está sempre se colocando em situações que o ferem. Observo seus sentimentos. Se possui discernimento ente o certo e errado, por outro lado seu ego é confuso, em misto de autopiedade e autodestruição. Por quê?



Se afeto é o tudo agora e o nada amanha. Quando em situações frágeis encontra-se , passa a ter reações humildes e subservientes. Quando em situação cômoda de trabalho, age egoísticamente e agressivamente, como se não precisasse de nada ou de ninguém. As companhias não são aquelas que podemos classificar como construtivas, porque são companhia não criminosas, mas companhias malandras, farristas, que nenhum conhecimento e proveito útil como coisas construtivas , que o façam crescer, ser alguém , ocupar uma posição que lhe seja gratificante. Trabalha porque precisa receber. As vezes aparenta ter obtido crescimento, maturidade, mas em seguida retorna a ânsia momentânea de realizar ou satisfazer os seus interesse de qualquer jeito. Em seguida cai novamente no marasmo preguiçoso e desinteressado de tudo. Quando algo não corre de acordo com seus interesses, torna-se uma pessoa calada, seca, agressiva. Eu não gosto deste lado. É um lado da qual eu sempre espero que desapareça, deixando fluir somente a bondade. Porque é assim?


Como genitora eu me decepciono. Durante muito tempo senti-me culpada , achando que as frustrações iniciais do trabalho, da mágoa sentida pela ausencia de reconhecimento profissional, pela doença de meu pai, por ter sido um segundo filho prematuro nascimento no mesmo mês do falecimento de papai, todos entristecidos e doloridos, sentidos com a sua passagem. Pensamos que tudo sabemos , mas não. Cada situação nova é uma outra experiencia. Hoje tenho um pouco mais de consciência sobre a via espiritual. Vejo este filho como um ser que necessita de resgatar valores aqui na Terra, dependendo de seu livre arbítrio. Critico-me , achando que falho como mãe. A falha está no apoio? No amor? No carinho? A ingratidão fere e assusta. Jamais me dirigi aos meus pais de forma agressiva ou desabusada. Sempre o carinho e o respeito permeou minha relação de filha com eles. Quando a mágoa aflora, revejo dois fatos passados: Anos atrás, meu irmão brigando com meu pai, lançando fora alguma coisa que ele tinha feito com amor. Ainda vejo seu aspecto desconcertado com esta atitude no mínimo, infeliz. O Outro foi meu filho transpassando a sala onde mamae se encontrava, pedindo-lhe um simples abraço... Coitadinha... ele passou direto, mudo , calado, em direção ao próprio quarto. Entretanto , quando do falecimento de mamãe, com todo o desespero que eu sentia por sua perda, porque eu não admitia a sua morte, não aceitava a sua passagem, vi meu filho se desesperar no enterro. Remorso , talvez?


 
Verdade é que estou mais uma vez decepcionada, triste e até mesmo preocupada por estas reações tão desconhecidas para mim. E no futuro? Agirá também da mesma forma, com estes atos e palavras? Entendo que não devo recear que se percfa, mas que ele entre no mundo a dentro, buscando seu próprio equilibrio, amadurecendo, e não trazendo os desgostos que ora sinto, porque não posso entender alguém que tem tudo , ter um caráter e uma personalidade tão fraca. É de se lamentar...


(Senhora B ) 13/03/2010 - 13:46hs.

Auto análise

Auto análise em busca de reencontrar minha mente sã.


Refúgio de minhas angustias, de minha impotência, de meu cansaço. São as palavras que vão surgindo em meu pensamento. O sono que não se completa dentro das horas noturnas. Sonhos, fantasmas, pesadelos, ansiedade que bate impedindo o realizar de minhas criações, inspirações.

É um bloqueio invisível que tem amarrado minhas mãos na execução do fazer, do realizar. Sofri uma queda na escada no final de fevereiro. Meu joelho e tornolezo estão doloridos após tres semanas. De uma certa forma traz até insegurança no caminhar. Sinto a necessidade de realizar meus trabalhos externos e não consigo sair. Preciso elaborar meus trabalhos e um estranho sono se apodera de minha mente . Meu corpo esta ativo. MInha mente não responde. O que será?

Passo a buscar resposta no mundo virtual. Encontro diversas:

A imobilidade é a experiência incapacitante e cristalizada da ansiedade e do pânico traumático. Porém, por baixo da resposta congelada estão a luta ou a fuga, e outras preparações de defesa e orientação que estavam ativadas antes do congelamento. Desmontar a ansiedade é possível na medida em que se restabelecem as respostas ocultas de luta ou fuga, e as outras respostas ativas de defesa que acontecem precisamente no momento antes da fuga ser impedida.

"Em estado de ansiedade não há consciência das sensações, mas do juízo crítico a respeito delas: tentativa de encontrar sentido no estado interno descontinuo, desorganizado e inexplicável."

 "Proposta terapêutica: desacoplar o congelamento da ativação. Por baixo do congelamento estão a luta, a fuga e as outras respostas de orientação defensivas que estavam em execução antes de congelar."
"…mas à medida que o incômodo parece piorar ou que se apresenta mais sério que o normal, dá-se início a uma reflexão na busca instintiva de se compreender o que está acontecendo. O inconformismo dá lugar à preocupação e busca pela solução para do problema."


Auto-estima em baixa


A auto-estima é que move nossas atitudes, então por que não cuidar dela antes.


* Troque as lamentações pelas decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de mudar.


* Pense sobre o que é realmente importante para você. Isto vai ajudar a tomar decisões e mudar atitudes.


* Assuma seus defeitos e se ame do jeito que você é. Não se trata de comodismo, pelo contrário. Só assim saberá onde quer e vai mudar, mas sempre sabendo que ninguém é perfeito, mas podemos mudar para melhor.


* Encare os deslizes como algo normal. Aproveite-os como lições valiosas para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade.


* Pequenas atitudes podem significar muito: um bate papo, uma festa com os amigos, arrumação do quarto, nunca fique parada tendo pena de si mesma.


* Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista.


* Tente os objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. Metas inatingíveis são o caminho mais fácil para a frustração e uma nova recaída na auto-estima.


E quando bater uma recaída ou aquela crise na auto-estima. Leia esta mensagem para si mesma.


Auto-Imagem


Olhe para si e pergunte:


Eu estou satisfeito com meu desempenho até o momento?


Você se considera uma pessoa bem-sucedida?


Que imagem você tem de si mesmo?


Será que não é a imagem de um azarado, fracassado, pobre e perdedor?


A situação atual de sua vida nada mais é que o fruto de seus penamentos do passado.


Se você quer saúde, concentre sua mente na saúde.


Se você que ser uma pessoa vencedora, imagina sempre grandiosos sucessos.


Mas você não deve pensar somente no que quer. Crie uma auto-imagem que você já tem, que você já é. Tenha uma auto-imagem clara e definida “Sou um vencedor, sou capaz”.


Se te imaginares um ser triste e sombrio, assim se tornarás.


Porém, se te imaginares um ser brilhante e poderoso, assim tu serás, pois a mente é criadora onipotente.


Lembre-se: “A riqueza de cada pessoa é soma dos pensamentos grandiosos que ela conseguiu reter na sua mente. Podemos dizer então que a riqueza de cada um é uma projeção da mente”.


Acredite:


Você é um vencedor!


Repita para você mesmo:


“Ninguém pode vencer por mim!”.


E nunca se esqueça que o amor mais importante e valioso é o amor próprio.


Será que depois de ler tudo isto, vou melhorar? Será que realmente o meu problema é a asnsiedade que está me deixando congelada? Estática?

Vou preparar minha academia particular para sair da mesmice e fazer minhas energias se elevar novamente ao um alto astral.

Senhora B., após pesquisar na web e marcar os textosa acima como tentativa de melhorar meu ânimo, em 11/03/2010 'as 15:10 hs.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Narrativas de pensamentos

Voce escrever o que vem a cabeça é algo relativamente fácil.


Você ter criatividade , inspiração, paixão de gravar sentimentos, histórias através de palávras, não é tão fácil assim.


Falar sobre os mais secretos sentimentos, momentos , vida que gira também não é nada fácil.

Admiro tantos escritóres , o dom da palavra, as frases que parecem ter sido escritas para nós. Minha nossa! Então eu fico encantada com Afonso Romano de Sant´Ana , Artur da Távola, e outros tantos que foge a memória neste momento.


Eu sou assim. Há tantos sentimentos borbulhando dentro de mim, que não sei expressar o encanto , a beleza, a docilidade, a verdade, a estrutura do texto que compõe a feição deste sentimento.


As vezes não basta sentir. As vezes sinto que não ver , não conhecer os problemas é mais cômodo. São vozes, faces, comportamentos que giram na batida e no compasso de nosso coração, cérebro, escapando pelo olhar sentido , mergulhado em emoções contraditórias . Amor , raiva, frustração, decepção, mágoas, impotência diante do que ocorre sob nossos olhos.



É o jogo da vida. Cada familia e seus personagens possuem seus próprios problemas. Eu estou na minha centrífuga, observando tudo, sentindo na pele a impotencia de agir , solucionar, viver a experiencia que cada um somente irá adquirir, superando seus próprios problemas.



Fico a mercê de uma gaiola imaginária. A mulher não nasceu para ser escrava? Então porque as vezes nos tornamos fracas e deixamo-nos conduzir por nosso senhor, aquele que a princípio tomou conta de meu coração, envolveu-me de paixão, depois de amor, depois de receio da perda daquele ente que se torna supremo em nossa vida carnal, e deixamos de pensar... passados os anos , a paixão já deu lugar ao amor, a amizade. Mas as brigas, as discussões constantes simplesmente desgastam o conviver. Mas a vida ainda assim cria laços profundos e não sabemos sequer como viver de outra forma. Talvez seja mais do que amor, ou se acostumamos com os grilhões que nos prendem a rotina. O tempo distancia as lembranças. São tantos os momentos, tantos os filmes de nossas vidas e as vezes percebemos que não somos ou não fomos tão importantes assim. Desperdiçamos tantas coisas, deixamos de fazer outras.

Não consigo fazer poesias, escrever uma história, fazer um livro . O que falta?Não sei o que falta.



O que escrevo, é para mim mesma. é como um diário que lembra e relembra fatos, acontecimentos. Não todos. São fragmentos apenas. Fragmentos que podem ou não tecer uma idéia de quem sou. Egoista talvez? Egocêntrica? Quem sabe. Ainda me analiso através de minhas lembranças, de minhas memórias. Muitas lacunas...Será que realmente falta-me o tempo? Quem sou eu afinal. Nada perfeita, precisando posicionar-me neste ano de 2010. Pelas expectativas de vida, pela longevidade, restam-me quanto tempo para contar uma história , que no papel não tem início, meio ou fim? Não faço capítulos, nem lógica. Não conto exatamente o passado ou o presente. Não detralho a fisionomia das pessoas, sequer suas falas ou posicionamentos. Não conto as histórias de meu trabalho, das situações vivenciadas aqui. Meu olhar está voltado ao meu personagem. Falo de meus filhos, mas não falo da família em seu amplo contexto. Não falo sobre sogros e sogras, cunhados e sobrinhos. Há muito o que contar, o que escrever....quem sabe, um dia destes qualquer....



Este é o momento de 09/03/2010 : 00:24 de 10/10/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Pois é, gente! Parabéns para nós mulheres, apesar de todas as demagogias que a data envolve. Conquistamos espaço, caminhos, posições sociais. Mas também desvanecem a delicadeza, a leveza, o encanto. Podemos ser muito, tantas coisas, sem entretanto perder aquele it especial que encanta....

Senhora B em 08/03/2010 'a 22:41hs

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Escrever

Escrever é uma forma de aliviar as tensões.

São desabafos de horas felizes ou não, impregnando páginas virtuais com meus pensamentos, meus sentimentos mais profundo.

Não parece , mas escrever, blogar, tudo isso toma um determinado tempo, seja para ajustar, procurar figuras que se identifiquem com aquele estado de espírito momentâneo, além de focar ao menos um  motivo. Na atual conjuntura os pingos ainda não estão nos "is", mas o mês de fevereiro está findando.

 Passou o carnaval, fiz minhas bodas de ouro renascendo para mais uma etapa da vida, observei olhares, senti as frustrações e as dores amargas de minha filha.

Bem , estes jovens estão no caminho de seu aprendizado. Precisam aprender escolher as pedras onde colocarão seus pés. Os caminhos que desejam percorrer e os objetivos de vida que pretendem alcançar.

Como mãe  vou vibrar, vou sofrer, vou apoiar, mas tenho dito que não posso viver a vida deles e nem eles irão aceitar, acatar meus conselhos.


É uma luta que travo solitária. Enquanto isso vou passando pelos desgastes, aborrecimentos fúteis e brigas desnecessárias com a descompreensão autoritária de seu pai. Quanto a isto é uma questão de carma. Ele não mudará e nem modificará o seu modo de ser ou de pensar e embora nem sempre pense errado, lhe falta o jeito de falar, de apoirar ou de abordar os problemas. Mais parece um coronel em seu quartel. Aí fica difícil qualquer diálogo.

Mas meus filhos, voces estão alçando vôos. Esquecem que enquanto buscam a satisfação e a realização de seus próprios desejos, eu estou aqui, sozinha, com meus sentimentos de ser humano, gente como voces, com coração, sentimento e alma, portanto deve sempre rever e reverter meus sentimentos de compreensão para o pai de voces. Fazer desta vida - que eu escolhi - mais doce, mais suave.

Então tenho minhas atividades profissionais. Meu horóscopo diário disse que devo brincar menos e encarar com mais objetividade a solução dos problemas que tenho a resolver. Brincar para mim é escrever.

Então acredito que devo evitar um pouco este negócio de ficar blogando, colocando minhas idéias aqui, achando que um dia será um " best seller" particular feito excluivamente para voces , no intuido de saber quem sou, como sou, o que penso, o que sinto, e os momentos que passei. Achando que voces darão valor a estes escritos, guardarão para seus filhos, netos, bisnetos. Vão dizer para eles, quem sabe, " a minha mãe sempre gostou de escrever, desde os treze anos de idade ela fazia seu diário" . Será? Será que voces se lembrarão de mim com igual intensidade de amor como eu lembro de minha mãe, extremamente vívida em meu coração, em minha mente?  Amanha fazem nove meses que ela seguiu para sua nova vida , vida espiritual. Mas sinto os nossos cordões umbilicais ( ou será o cordão de prata?)  entrelaçados em imenso carinho.

É isso meus filhos, nem sempre é possível escrever belos textos, sem correções de ortografia... até para escrever, as vezes o faço por etapas, interrompendo a cada momento para falar com um, atender outro, e deixando de lado oessencial que é o trabalho.

E trabalhando eu tambem gosto de escrever, alías o que faço requer redações, transmissão de idéias, e infelizmente não optei por concluir a faculdade de letras, sendo assim meu portugues é pobre.  Admiriro profundamente aqueles que dominam as palavras. Não conheço o homem, mas admiro o falar do Ministro Marco Aurélio, sua cultura, o seu saber.

E para escrever, voce precisar amar as letras, precisa gostar de ler.  Espero que um dia voces sintam este prazer imenso que é escrever, expondo os sentimentos que flutuam a nossa volta. É de fato um prazer , uma diversão, uma terapia.

E, se estou me alongando um pouquinho, é receosa de que termine mais um mês deste ano, sem que eu tenha tempo para colocar mais algumas coisas. E aqui não tenho falado de meus irmãos,  de meus sobrinhos, de minhas impressões profundas, até mesmo de meu cunhado que beira agora a sua passagem para a vida espiritual. Para ele peço aos seres iluminados e socorristas que o ajude e o auxilie. Que ele tenha se arrependido sinceramente de tantas palavras e atos ruins, inclusive das muitas mágoas ao coração de minha mãezinha. De minha parte, eu o perdoo por ela. Onde quer que ela esteja, esta mágoa não a atingirá, por toda a sua bondosa compreensão. 


Pedi para rezar uma missa em intenção de sua alma e da Cris também. Não a esqueço. Talvez, se ela não estiver próxima de mamãe, ao mesmo tenho plena certeza que minha doce Chica também intervém por ela.Que Deus as ilumine one que que estejam.

Acho que por enquanto, é só. Peço a Deus para tirar as mágoas do coração de minha filha, tão bela, tão boneca, tão querida, afastando toda a negatividade de atos e pensamentos das pessoas  que cruzam o seu caminho.Aprendemos pela dor ou pelo amor.
(Senhora B.  24/02/2010 - 18:07 )