segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Coração Dolorido

Coração Dolorido






Ontem meu coração ficou sentido e desconsolado. Senti um sentimento de pequenez, humilhada e despedaçada. A grosseria de sempre na frente das pessoas a quem tanto prezo: família. Lágrimas brotaram soltas de meus olhos, desconsolada, desolada, só!

Em meio a sensação de humilhação veio a mágoa, ressurgida de meu baú de amarguras. Aquele baú em que jogamos os sentimentos ruins e tristes fora, tentando colocar um lacre a sua volta...mas ... as vezes ele é reaberto....

Senti um vazio, uma solidão, em determinados momentos, senti a vontade de ir-me. Para que ficar? Porque ficar? E senti aquele vazio enorme ...saudades de minha mãe. A dor então brotou mais forte, profunda, sentida...ferida...



Para distrair os sentimentos, resolvi jogar velhas agendas fora; Agendas de anos... frases soltas, recortes de jornais , anotações, lembranças. Resolvi diminuir o peso dos anos guardados em papel, e fui rasgando as folhas, ora lendo saudosa, ora recordações surgindo... de repente encontrei um cartão cor de rosa, com flores, letras azuis brilhantes.... Cartão de mamãe... a sua saudade e o seu amor impregnado no papel como eterna e viva lembrança de seu carinho, de seu amor por mim..era a mensagem que eu precisava receber para sentir o seu acalanto, o seu amor naquele momento de fragilidade e solidão. Era como se ela estivesse me vendo e ouvindo e tocasse para aquelas agendas, mostrando , expressando o que para mim é tão importante: a família, a o respeito, o amor, a união, o carinho.



Eu não podia deixar passar... não registrar o momento que tocou fundo em minha alma. Ter a sensação de leveza e fazer a defesa dos meus, continuar desapegadas de coisas e deixar de olhar para trás.... eu , mulher feita, envergonhada por expor minhas fraquezas. Demonstrar a submissão heróica de manter uma união... mas de não desejar que as pessoas a vejam no chão, magoada, sofrida, frágil , humilhada, calada, fugindo da vergonha dos gritos, dos escândalos...



Eu , silenciosa, calada, olhos contritos, sem palavras ... criança...frágil...evitando o constrangimento....e me questiono quem sou... feito ostra fechada, mas sempre tão risonha, falante, amante, dócil....



Eu....eu...frágil, forte...solitária, amarga em dias sombrios e cinzas, por mais que o sol brilhe no alto do céu...



A dor esmaece... o coração recupera o viço da vida... e depois ... é a dor que me faz escrever...expor meus sentimentos...descrever quem sou...



(Senhora B – 13/09/2010 ‘as 15:59hs









Ontem meu coração ficou sentido e desconsolado. Senti um sentimento de pequenez, humilhada e despedaçada. A grosseria de sempre na frente das pessoas a quem tanto prezo: família. Lágrimas brotaram soltas de meus olhos, desconsolada, desolada, só!

Em meio a sensação de humilhação veio a mágoa, ressurgida de meu baú de amarguras. Aquele baú em que jogamos os sentimentos ruins e tristes fora, tentando colocar um lacre a sua volta...mas ... as vezes ele é reaberto....

Senti um vazio, uma solidão, em determinados momentos, senti a vontade de ir-me. Para que ficar? Porque ficar? E senti aquele vazio enorme ...saudades de minha mãe. A dor então brotou mais forte, profunda, sentida...ferida...



Para distrair os sentimentos, resolvi jogar velhas agendas fora; Agendas de anos... frases soltas, recortes de jornais , anotações, lembranças. Resolvi diminuir o peso dos anos guardados em papel, e fui rasgando as folhas, ora lendo saudosa, ora recordações surgindo... de repente encontrei um cartão cor de rosa, com flores, letras azuis brilhantes.... Cartão de mamãe... a sua saudade e o seu amor impregnado no papel como eterna e viva lembrança de seu carinho, de seu amor por mim..era a mensagem que eu precisava receber para sentir o seu acalanto, o seu amor naquele momento de fragilidade e solidão. Era como se ela estivesse me vendo e ouvindo e tocasse para aquelas agendas, mostrando , expressando o que para mim é tão importante: a família, a o respeito, o amor, a união, o carinho.



Eu não podia deixar passar... não registrar o momento que tocou fundo em minha alma. Ter a sensação de leveza e fazer a defesa dos meus, continuar desapegadas de coisas e deixar de olhar para trás.... eu , mulher feita, envergonhada por expor minhas fraquezas. Demonstrar a submissão heróica de manter uma união... mas de não desejar que as pessoas a vejam no chão, magoada, sofrida, frágil , humilhada, calada, fugindo da vergonha dos gritos, dos escândalos...



Eu , silenciosa, calada, olhos contritos, sem palavras ... criança...frágil...evitando o constrangimento....e me questiono quem sou... feito ostra fechada, mas sempre tão risonha, falante, amante, dócil....



Eu....eu...frágil, forte...solitária, amarga em dias sombrios e cinzas, por mais que o sol brilhe no alto do céu...



A dor esmaece... o coração recupera o viço da vida... e depois ... é a dor que me faz escrever...expor meus sentimentos...descrever quem sou...



(Senhora B – 13/09/2010 ‘as 15:59hs) ________________________________________

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