sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amigo antigo


Procurando compreender este mundo que está acima de nós e além da vida, reflito sobre as coincidencias da vida, dos acasos que não são acasos, dos encontros que não são desencontros. Alguém voce foi em minha vida passada, cuja explicação não encontro, apenas uma sensação profunda de amizade de alma. ALMA!


Porque ALMA? Porque o rótulo não me atrai, entretanto sinto imenso carinho como se conhecesse sua alma há séculos. Talvez um irmão, talvez um pai, talvez até mesmo um companheiro, não sei. Mas uma coisa é certa, sinto profunda amizade por sua alma. E o mais interessante , é a distancia!


Raras vezes nos cruzamos ocasionalmente. Não é necessário mais que isso. É realmente uma sensação de irmandade inexplicável. (GMB 31/07/2009 - 22:56)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Voce faz parte de minha vida!

Te
amo tanto!



Não
entendo como alguém consegue dizer que o amor
acaba.



Não, não acaba.



Amor não é sexo.



Amor é voce gostar muito de alguém, com ou sem
afinidades , fazer parte de sua vida.



Amor é cuidar, é cuidados, é brigar em um dia e
no outro sentir tanta ternura, sem sabe porque.



Não
é sadismo, não é masoquismo.



É
saber quem você é. É saber quem ele é.



É
cada um ter sua própria opinião, entretanto isto não diminui o
amor.






E a
gente briga, discute, se desencontra em opiniões....Mas enfrentamos leões um
pelo outro.



Você só não sabe demonstrar este amor com
meiguice. Não importa.



Você faz parte de minha vida, eu da
sua.






O
que somos ou o que seremos um sem o outro?



(GMB-27/07/2009 -
20:52)

Ciclo

De alguma maneira, os anjo falam.... Sobre minha mesa, um pequeno trecho deste poema, que jamais havia lido, mas tão profundo, que encantei-me com suas palavras, passando a buscar na net, o seu autor. Ei-lo abaixo: Certamente tem um significado diferente para quem lê. Para mim, foi a resposta de minhas reflexões sobre mamãe, sobre minha insistência em saber de sua atual existência.... É lindo.


Refaz-se a vida no seu ciclo eterno.Renasce o amor
no ir-e-vir da vida,E a flor que murcha a se esconder do invernoNa primavera torna a ser bem-vinda;
E na criança, em seu sorrir sincero,Revejo a vida: o ciclo nunca finda!Tudo repete o vai e vem etéreo,Reacendendo em mim o amor à vida.
O amor que vive não há quem desfaça.Inda se a vida parecer finita,É propagada na criança
tua;
E quando a vida te sorri com graça,E quando o amor o ventre teu habita,No teu rebento o ciclo continua...


Poeta : Ederson Peka

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Saudades

Mãe, onde está você?
Meu coraçao lateja de dor e saudade. E não posso te ver...
Olhei sua foto, seus olhos, e te ouvi novamente " me dá uma abraço" com um doce e alegre sorriso. Cade voce mãezinha?

Sinto de cheiro, teu calor. É dificil acreditar que voce partiu.

Agora , incansavel, busco saber como é o outro lado, tentando saber como vai voce. Se está bem, se está feliz. É o que eu quero, mãe. Que esteja em paz e feliz.

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Por duas vezes o beija-flor entrou aqui no meu trabalho, (minha casa) , e não sei o que significa este vôo desesperado, em busca da luz, em pleno fim de tarde. Os mistérios da vida impulsionou-me a pesquisar o que significa tudo isso. Talves não seja nada, talves seja um mensageiro, talvés seja apenas um pássaro... e o texto que encontrei mais próximo do que busquei compreender, foi este abaixo. Bonito não é!
O BEIJA-FLOR
O Brasil, não sem razão, é chamado de paraíso das Aves. Abriga em torno de 1700 espécies, ao qual corresponde a quase sexta parte de todas as do globo. Nenhuma parte do mundo, nenhum outro país apresenta números iguais a estes. Pode-se supor, portanto, que ocupam lugar importante nas idéias e fantasias da população e entram com um contingente apreciável e adequado nos mitos, superstições e lendas do povo.
A Ave impressiona pelas cores vivas que apresenta. Um ser a que nada é inatingível, Senhor dos Ares, que participa da rapidez do pensamento dos poetas, reveste-se também de caráter extraordinário e religioso aos olhos mortais dos homens plantados à terra. Não nos admira que na antiguidade se venerassem as aves como mensageiros dos deuses que lhes anunciavam a vontade destes. Neste caso, o vôo dos pássaros predispunha-os, então a encarnarem as relações entre o céu e a terra.
Mas, os pássaros simbolizam ainda, os estados espirituais: os anjos, os seres superiores do ser e do pensamento. Os pássaros azuis da literatura chinesa dos Hã, por exemplo, são fadas imortais, mensageiras celestes.
Uma das aves mais lindas, é sem dúvida, o rutilante Beija-flor, conhecido também sob o nome de colibri. A família dos Beija-flores é muito numerosa, conhece-se hoje cerca de 330 espécies espalhadas pelos três continentes americanos. O Brasil possui cerca de 150 espécies.
Entre todos seres vivos, é o beija-flor o mais belo quanto a forma e o mais esplendido quanto a sua coloração. A cor de todas as pedras preciosas acham-se aqui representadas, assim como incandescentes, refulgentes, cintilantes, brilhantes são expressões usadas para descrever esta obra prima da natureza. Leveza, ligeireza, agilidade, graça e rico ornamento, de tudo foi dotado este pequeno pássaro. A esmeralda, o rubi, o topázio cintilam em sua roupagem, que ele nunca suja com o pó da terra, porque durante toda a sua vida etérea , dificilmente toca o chão, permanecendo de flor em flor, e através de delicados beijos retira o néctar que o alimenta. Também, parecem acompanhar o Sol, avançando e retirando-se no doce bailado de uma eterna primavera.
Quem não pára para admirar, ao perceber uma dessas amáveis criaturinhas quando rapidamente voa, zumbindo os ares e segurando-se no espaço como por encanto, ou quando adeja de flor em flor, brilhando como se fosse um fragmento do arco-íris?
Aqui no Rio Grande do Sul há entre outras, uma espécie de um modesto verde pardacento escuro pelo dorso e bico vermelho-alaranjado, chama atenção por sua voz que lembra o estalo de um beijo.
Os vôos febris dos beija-flores são tão rápidos que aparece e desaparece num instante sem se saber de onde veio e para onde foi. Os guaranis deram-lhes o nome significativo de "guainumbi"que se pode derivar de "guai" e "aibi", que passa de súbito, ou de: "guira" e "mimbig", pássaro cintilante. Seus movimentos são dois, embora diversos, ambos exclusivamente próprios deste originalíssimo volátil: um é como o esfuziar de uma bala, o outro é pairar no ar, no mesmo lugar agitando com tanta velocidade as asa parecendo que uma nuvem envolve seu pequeno corpo. Este movimento, produz a impressão do mágico e explica as denominações e correlações que lhes feitas, equiparando-os à fadas e gnomos.

Há uma lenda que diz que o beija-flor era originalmente uma borboleta, que pouco a pouco foi vestindo-se de penas, a princípio negras, depois cinzentas e logo rosadas e finalmente douradas tão resplandecentes que no sol parecem um conjunto de todas as tintas. Desta lenda decorre também que a idéia da teoria de descendência não é nova.
O Beija-flor, ou Colibri representou um papel importante no antigo México. Aqui é hora de salientar a dimensão sobrenatural deste pequeno pássaro. Para os astecas, o colibri era, um pássaro psicopompo, já que nesta forma, ou na de borboleta, é que as almas dos guerreiros mortos desciam novamente para a terra. O beija-flor também era considerado o autor do calor do sol.
Huitzilopochtli, o Mago Colibri, o terrível deus da guerra da belicosa nação asteca, traz no seu nome "opochtli" . Era considerado também um deus do fogo, da luz ou do sol, por isso é que o xincoatl, a serpente inflamada do céu, figurava como o "nagual" do deus da guerra e do deus do fogo. O mais curioso é sua relação com o "huitzitzilin", o Beija-flor. Esta relação se esprime antes de tudo pelo nome do deus que significa "opochli" do Beija-flor ou o sinistro do Beija-flor. Opochli, não quer dizer outra coisa que em frente de quem não há meio de se salvar.

Nas pinturas hieroglíficas aparece o deus entre a boca aberta do "uitzitzilin", o Beija-flor.
Mas que tem a ver o terrível deus da guerra dos astecas com a esbelta ave de cores brilhantes que beija as flores? Os arqueólogos cogitam que as cores de brilho metálico dão ao Beija-flor o aspecto de brasa, e de fato, diversas espécies têm o nome de "tle-uitzlin", isto é, Beija-flor de cor de fogo. Não estaria em relação com o elemento do fogo e assim com o deus do fogo?
Também o culto especial, que renderam aos deuses do fogo em certas épocas distintas, se derivou da convicção que a morte da natureza, ao tempo da seca, se deve ao elemento fogo, sendo porém o reino dos deuses do fogo transitório, pois a morte da natureza era seguida de seu renascimento. Ora o próprio Beija-flor na supersticiosa convicção dos mexicanos, era o verdadeiro símbolo da morte e da ressurreição.
"O Beija-flor", diz Sahagum, "renova-se a cada ano. No tempo do inverno pendura-se nas árvores pelo bico e lá pendurado seca e lhe caem a plumagem. Quando as árvores tornam a reverdescer, começam a reviver e renascer suas penas e ao ouvir o trovão antes da chuva então, acorda, voa e ressuscita".
Valde Cebro no seu "Governo das aves", afirma que na entrada do inverno o Beija-flor busca um lugar abrigado e metendo os pés e o bico num orifício da árvore, passa toda a estação dormindo.
No México os Montezumas encarregavam a certos superintendentes que na época do sono dos Beija-flores os deplumassem para tecerem com seus fios de ouro. Até a primavera cresceriam outras plumas e com elas saem para compensar sua hibernada de seis meses.
"O Beja-flor", fala Pe. Duran, "seis meses do ano está morto e nos outros seis está vivo. Quando sente que está chegando o inverno, procura uma árvore frondosa que nunca perde as folhas e com instinto natural acha uma fenda e põe-se em raminho junto aquela fenda e intromete nela o bico quanto pode e está lá seis meses do ano, quanto dura o inverno, sustentando-se só da virtude daquela árvore, como morto. Vindo a primavera, recobrando a árvore nova força e criando folhas novas, o passarinho, ajudado pela virtude da árvore, torna a ressuscitar e sai dali a criar e é por isso que os índios dizem que morre e ressuscita."
Vê-se que esta crença era geral, pois aparece representada entre os Astecas, que acreditavam que seus guerreiros mortos, passados um período de 4 anos (onde acompanhavam o Sol), se transformavam em diversas espécies de aves de rica plumagem e cores brilhantes, que iam aspirar o suco das flores no céu com os "tzintones", isto é, os Beija-flores da terra.
Outro motivo para relacionar o Beija-flor com o deus da guerra, parece achar-se na índole desta ave. Pois, é de se admirar a energia armazenada neste pequeno ser. Todo o dia em constante movimento, sempre inquieto nunca lhe permite repouso prolongado. Com essa acumulação de forças e seu temperamento energético, coube-lhe também um gênio brigão. O encontro de dois machos é motivo de luta, que em certas ocasiões é travada com tanto encarniçamento que no meio da briga rolam pelo chão, ou disparam ao ar como duas faíscas que se levantam rápidas da forja.
A coragem e ousadia de seu ataque e o desprezo da morte com que se atira até sobre aves rapinas, explicam o pensar dos Mexicanos (astecas), que visualizam relações de parentescos entre essa verdadeira flecha de batalha e o deus de guerra: Huitzilopochtli.
É o Beija-flor uma das aves mais graciosas e lindas da avifauna. Tudo na vida destas aves é curioso, sua biologia, seus hábitos, sua desmedida bravura, a singularidade de seu vôo, a arte de construção de seu ninho, entre tantas outras coisas. Todas estas qualidades e virtudes, chamaram a atenção dos indígenas, que para explicá-las criaram muitas e muitas lendas incas, astecas, tupis e guaranis....para o nosso total regozijo.
Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto