quarta-feira, 10 de março de 2010

Narrativas de pensamentos

Voce escrever o que vem a cabeça é algo relativamente fácil.


Você ter criatividade , inspiração, paixão de gravar sentimentos, histórias através de palávras, não é tão fácil assim.


Falar sobre os mais secretos sentimentos, momentos , vida que gira também não é nada fácil.

Admiro tantos escritóres , o dom da palavra, as frases que parecem ter sido escritas para nós. Minha nossa! Então eu fico encantada com Afonso Romano de Sant´Ana , Artur da Távola, e outros tantos que foge a memória neste momento.


Eu sou assim. Há tantos sentimentos borbulhando dentro de mim, que não sei expressar o encanto , a beleza, a docilidade, a verdade, a estrutura do texto que compõe a feição deste sentimento.


As vezes não basta sentir. As vezes sinto que não ver , não conhecer os problemas é mais cômodo. São vozes, faces, comportamentos que giram na batida e no compasso de nosso coração, cérebro, escapando pelo olhar sentido , mergulhado em emoções contraditórias . Amor , raiva, frustração, decepção, mágoas, impotência diante do que ocorre sob nossos olhos.



É o jogo da vida. Cada familia e seus personagens possuem seus próprios problemas. Eu estou na minha centrífuga, observando tudo, sentindo na pele a impotencia de agir , solucionar, viver a experiencia que cada um somente irá adquirir, superando seus próprios problemas.



Fico a mercê de uma gaiola imaginária. A mulher não nasceu para ser escrava? Então porque as vezes nos tornamos fracas e deixamo-nos conduzir por nosso senhor, aquele que a princípio tomou conta de meu coração, envolveu-me de paixão, depois de amor, depois de receio da perda daquele ente que se torna supremo em nossa vida carnal, e deixamos de pensar... passados os anos , a paixão já deu lugar ao amor, a amizade. Mas as brigas, as discussões constantes simplesmente desgastam o conviver. Mas a vida ainda assim cria laços profundos e não sabemos sequer como viver de outra forma. Talvez seja mais do que amor, ou se acostumamos com os grilhões que nos prendem a rotina. O tempo distancia as lembranças. São tantos os momentos, tantos os filmes de nossas vidas e as vezes percebemos que não somos ou não fomos tão importantes assim. Desperdiçamos tantas coisas, deixamos de fazer outras.

Não consigo fazer poesias, escrever uma história, fazer um livro . O que falta?Não sei o que falta.



O que escrevo, é para mim mesma. é como um diário que lembra e relembra fatos, acontecimentos. Não todos. São fragmentos apenas. Fragmentos que podem ou não tecer uma idéia de quem sou. Egoista talvez? Egocêntrica? Quem sabe. Ainda me analiso através de minhas lembranças, de minhas memórias. Muitas lacunas...Será que realmente falta-me o tempo? Quem sou eu afinal. Nada perfeita, precisando posicionar-me neste ano de 2010. Pelas expectativas de vida, pela longevidade, restam-me quanto tempo para contar uma história , que no papel não tem início, meio ou fim? Não faço capítulos, nem lógica. Não conto exatamente o passado ou o presente. Não detralho a fisionomia das pessoas, sequer suas falas ou posicionamentos. Não conto as histórias de meu trabalho, das situações vivenciadas aqui. Meu olhar está voltado ao meu personagem. Falo de meus filhos, mas não falo da família em seu amplo contexto. Não falo sobre sogros e sogras, cunhados e sobrinhos. Há muito o que contar, o que escrever....quem sabe, um dia destes qualquer....



Este é o momento de 09/03/2010 : 00:24 de 10/10/2010

Nenhum comentário: