Janelas ao Vento

CÉU CINZENTO.
GOTAS DE CHUVAS SERENAS E GROSSAS, CAEM.
O VENTO AÇOITA OS GALHOS DAS ARVORES, MEU ROSTO, MEUS BRAÇOS...


O VENTO SUSSURRA ENTRE AS FRESTAS DAS JANELAS, E ASSOVIA, ASSOVIA CANTANDO,
CHAMANDO, ASSUSTANDO.

NOVAMENTE SENSAÇÃO DE SOLIDÃO, DE ABANDONO.
NOVAMENTE SENSAÇÃO DE MEDO...
NOVAMENTE SENSAÇÕES DE TERROR, MEDO DE VIVER, MEDO DE MORRER.

ONDE SE ESCONDEU A FORTALEZA QUE EXISTIA DENTRO DE MIM?
PORQUE ADORMECEU A GUERREIRA?
PORQUE A FRAGILIDADE TOMOU CONTA DE MEUS SENTIMENTOS?
MEU CORAÇÃO SOSSEGA EM DEUS, ME AMPARO EM DEUS, ME ENTREGO A DEUS.

MEU ESPELHO, MEU REFLEXO, MINHA ALMA.


VENTO MEU, LEVA MINHAS MAGOAS, MINHAS DORES E TEMORES.


VENTO MEU, ASSOPRA MEU CORAÇÃO, TRAZENDO PAZ.


VENTO MEU, NÃO RUJA, NÃO GRITE, NÃO BRIGUE, NÃO AÇOITE. SEJA DOCE BRISA DE FRESCOR EM MINHA ALMA....