sábado, 30 de abril de 2011

Moça Loura

Os assuntos que converso com minha filha me faz lembrar a postura de um analista. Ouço sem criticar, posso até aconselhar, mas não posso e nem devo interferir no livre arbítrio de cada um.

É muito estranho estar na posição de ser mãe ( na condição de repressora? orientadora? educadora? ) e ao mesmo tempo confidente de determinados assuntos. ( Nós sabemos que nem tudo os filhos contam as suas mães).

Vejamos o meu lado. Quando voce desabafa com alguém, alivia a alma, o coração e mesmo que não dê para ouvir os conselhos da razão, preferindo seguir as emoções, nos sentimos mais leves sabendo que ao menos temos um ombro amigo a quem podemos falar sem críticas, porque há coisas, situações vividas que espera-se um apoio de alguém e ao contrario, sobrevem críticas para desestruturar a alma!!! E há amigos que não são amigos. Qualquer hora destas eu volto a encontrar uma crônica de Affonso Romano de Sant'Anna, publicado no jornal "O Globo"em 95 ou 96, não me recordo bem , que bem define como "são perigosas as amizades....

Por isso ouço. Mas jamais decido por ela, suas dúvidas. Em nossas vidas , em minha vida, somente posso responder por minhas escolhas. E esclareço para ela, sobre suas decisões, objetivos, caminhos. São os dela, não os meus. Eu quero apenas a sua felicidade. É uma filha muito amada e muito linda. Frágil e delicada, turrona , possessiva, mas meiga, teimooosaaaa, afetuosa, sensivel, marcando bem as suas caracteristicas de taurina. É uma menina , brincando de ser mulher. Mesmo.

É é isso. Sou a Leoa que protege seus filhotes, mas os deixam viver, aprender, cair e levantar.

(Senhora B. em  30/04/2011 - 15:44hs, sábado de sol, ouvindo o silêncio )

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