quinta-feira, 14 de abril de 2011

Interiorização

Depois de uma data tão bela, de um regalo em meu coração, fica difícil escrever, pois como sinto, há uma sensação de plenitude, de calmaria  abrandando o stress, os problemas da vida.

Aliás, despropositadamente fui parar outro dia, num centro Kardecista. Fui expectadora, quase que tentando uma comunicação com o Além,queria noticias de mamãe, sabe. Mas lá não era um local de psicografia. Mas foi muito bom as lembranças que surgiram de meus doze anos, quando acompanhava mamãe em Cachoeira de Macacu. A cor azul clarinha, a calmaria, muitas coisas voltaram a lembrança e um sorriso surgia em meus lábios."Pai Joaquim" conversou comigo. Olhava meu olhar direto, condescendente. Dizia ele que minha vida não era tão difícil assim. É verdade. Reconheço que sou feliz diante de tantos outros problemas que existem, e tantas outras provações do mundo....

Exteriorizar os pensamentos requer momentos.
Momentos nossos, porque expomos os nossos sentimentos, nossas reflexões.
Então me silencio. Observo e sinto. No momento sinto a Paz de Deus em mim.

Tenho a preocupação com os filhos, com o marido, com os problemas profissionais, com o rumo dos rios cujo mudança de curso não depende de mim.

E assim os dias vão se passando...

Outro dia sonhei com mamãe. Pela manhã entrou um lindo beija flor azulão dentro do escritório. Era ela, pensei...noticias dela...mensagens, telepatia, sinais....


Então no dia 11/04, eram 21:08hs , comecei a rabiscar uma mensagem para minha mãezinha. Ei-la:

" São 22 meses sem minha mãe querida. Olho para uma estrela no céu, de um fulgor enorme. Esta Estrela é minha mãe!

Na viagem da saudade , eu a abraço, sinto seus braços e o brilho de seus olhos verdes, e as lágrimas jorram de meus olhos numa profunda dor no coração.

Dor de saudade.

Dor profunda que pensei ter cicatrizado, e com todo o amor, percebo em mim, ainda, uma enorme ferida ainda não cicatrizada, por sua ausencia física.

Como minha'alma está tão profundamente ligada com o universo , na saudade do teu abraço, do teu cheiro, dos teus olhos brilhantes, do teu silêncio, da sua pessoa tão querida e tão amada.Para todo  o sempre tão amada, mamãe."

É isso!.
Recebi uma lição:  Eu tenho as minhas obrigações nesta vida. Não posso viver as obrigações dos outros. Posso e devo ajudar. Mas não devo ser o outro. Cada um deve viver suas próprias experiências, aprender, crescer, amadurecer. Mesmo que eu queira corrigir, o que posso fazer é orientar. O caminho quem escolhe, não sou e nem pode ser eu....

(Senhora B - 14/04/2011 - 22:49hs.)

Nenhum comentário: