terça-feira, 2 de junho de 2009

CALVÁRIO DA DOR


Amada mãe,

oito dias se passaram desde que voce voce se foi.

A dor tem oprimido meu coração dia após dia, noites longas e insones com os reflexos daquela madrugada lampejando em minha mente. Parece que assisti a um filme que não pretendo rever, viver novamente aquele momento.

Recusando-me a acreditar na sua partida, me senti e me sinto uma criança perdida, orfã, sem saber para onde ir.

Como posso não saber para onder ir, mãezinha? Esqueci tudo, familia, filhos, irmãos. Eu só queria ver e sentir voce...viva.

Mas Deus sabia o quão grande era o seu sofrimento, a sua dor. Sei que me acalentou para que eu não sofresse tanto, mas voce deve ter visto, onde quer que estivesse, o meu desespero.

Eu te agradeço por acariciar meu coração todas as noites, me confortando para que eu me conforme. Seu carinho é doce e meigo como sempre foi foi , mãezinha. E te sinto tão minha e tão inteira dentro de meu coração.

Embora os dias tenham sido frios e cinzentos, e eu me levante com a sensação de solidão e tristeza, abandono mesmo, sei que voce não me abandonou. Eu te amo tanto mamãe. Não sinto vergonha de aparentar como uma criança perdida. Eu te amo sim, para todo o sempre, e sinto imensa falta de voce.

Sou grata a Deus pela mãezona que foi para mim, para meus filhos, e agora ele me amparam carinhosamente, nesta fase em que a a dor e a tristeza precisam se tranformar em doce saudade dos nossos momentos felizes. Das lembranças de seus olhinhos verdes e brilhantes, de seu sorriso amoroso. Tanto amor, mãezinha. Que Deus te abrace muito e a tenha em seu colo, mãe amada, compreendendo toda a dor, toda a solidão que voce sentiu em sua vida, alcançando a perfeição para entrada no Céu. Graças a Deus, eu tive uma grande mãe. (GMB-02/06/2009- 19:12hs)

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