segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mamãe



Ainda não é o momento de fazer o balanço deste ano.

Dramático, trágico, comovedor, de sobressaltos , de abalos.

De descontentamentos, agonia e dor.

Meses banhados em lágrimas, desgostosos, de meditação e nostalgia

Apreensivos, coração magoado, rostos cabisbaixos, tristonhos, amuados.

Surpresas, pobrezas de almas medíocres, inócuos diante da grandeza do apreço maior

De minha dor maior, do apagar do olhar refulgente, do brilho fosforescente dos olhos de minha mãe...

Eu sei do seu olhar tristonho, das lágrimas sentidas, do sorriso de criança, do abraço carinhoso. Do seu ultimo abraço. Do seu último sorriso. Do brilho do seu último olhar. Inesquecível .

Sua imagem resplandece em meu coração, em meus sonhos, sua lembrança viva está em cada pequeno detalhe. Na cadeira da cozinha, na escada, na sala. Tudo lembra você. Carinhosamente deixou aqui, nos lugares por onde andou, a sua lembrança viva.

Não sei durante quanto tempo as lágrimas teimarão em saltar de meus olhos. Ainda recuso-me em reconhecê-la sem vida. (Sem vida terrena). É ainda a minha musa, zelosa, afetuosa, impetuosa, indignada, ressentida, impaciente.





(Senhora B. 23/11/2009 – 20:44 hs)






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