terça-feira, 3 de novembro de 2009

Falar o quê....






Falar o que, pensar o quê. Há momentos em que o cansaço é tão visível no corpo e na alma que não encontramos palavras ou concatenamos pensamentos para expressar os nossos sentimentos. Passamos a uma observação muda daqueles que estão mais próximos de nós e refletimos sobre o comando de nossos destinos. Fico a pensar se o que nos une a alguém é carência, fraqueza, se realmente é amor, se é orgulho, não sei. Ontem, a princípio, seria um dia reflexivo de finados. Não preciso de dias específicos para lembrar e sentir a perda de minha mãe, que podia por certo estar muitas vezes ranzinza , nervosa, mas sempre muito amada e sempre marcante com seus lindos olhos verdes expressivos. Ou de meu pai que já se foi há vinte e dois anos, mas cuja dor guarda-se adormecida dentro de meu coração, mas sempre com carinho infinito. Foi um dia pesado, de conflitos, de mágoas.


De observação fria e desapaixonada do comportamento daquela que será (será?) minha nora. O que notei foi falta de amor, de compaixão, de colaboração, de união. Foi uma observação de um “ eu” egoísta... olha que não sou “sogra-cobra”. Gosto de ser eu mesma, amiga, companheira, mãe, de apoiar, principalmente aos meus filhos. Pode ser que a realizadade engane, que não ocorra apenas a vaidade, a busca por um porto “seguro” e depois somente decepções.



Pode ser que realmente eu me engane e de coração, torço para que esteja realmente enganada. Caso contrário, meu filho caminha com suas próprias pernas, e não entendo porque, para um casamento sem fundamento. Há que se olhar fundo nos olhos das pessoas e ver o que brilha lá dentro, em sua alma, em seu interior. O que vi, não confortou meu coração. Contudo não conduzo o destino de ninguém. O livre arbítrio deve ser exercido e assumido. Ruim para nós, mães, que a tudo assistimos sem ter como interferir na vida de nossos rebentos, afinal já podem assumir suas próprias decisões. Tornamos-nos agora, seres invisíveis, como anjos da guarda. Só me resta torcer para que esta tenha sido a melhor escolha e o melhor caminho para sua felicidade. (Senhora B. em 03/11/2009 – 09:52hs)

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