sábado, 21 de novembro de 2009

Escrevendo para voces.

Tantas coisas podem distrair, divertir alguém. Um passeio, um cinema, um bate papo, uma TV. Nada disso me atrai no momento. Neste agora em que não são lágrimas que jorram de meus olhos ou de meu coração. É um pequeno intervalo de paz e sossego em que prazeirosamente me entrego a ler, ver imagens, escrever.. Escrevo expondo meus sentimentos, meus gostos, meus prazeres e minhas amarguras, escrevo para agora, escrevo para a eternidade. Escrevo conversando comigo mesma, escrevo como se conversasse com meus filhos, ou meus futuros netos. Escrevo para guardar as lembranças de mim mesma . Escrevo para eternizar meus pensamentos , meus sentimentos. Escrevo para que conheçam um pouco de mim.  Somente assim , quem sabe, quem sabe, poderão captar a minha essencia, a criança ou a dama que existe dentro de mim. A mulher romantica, sonhadora, brincalhosa, tímida, insegura que demonstra uma força que vem do céu.
É por isso que escrevo, que falo, que assinalo meus momentos. Para sentir o aroma de cada momento. Para marcar cada momento, cada sentimento.
É um momento egoísta, exclusivamente meu, porque tudo gira a nossa volta com os personagens que criamos, com nossos filhos, nosso dia a dia.
Eu escrevo para não esquecer de ontem, nem de hoje, eternizando para o amanhã.
Até nos papeis ou naquilo que escrevemos, registramos as marcas do tempo. Dos filhos pequenos, de seu crescimento, de tudo o que nos faz suspirar, orar...

Raras vezes posso estar comigo mesma, embora escreva sempre, seja o que acontece, seja o que sinto, seja o que gosto. Há os meus dias de mulher apaixonada, há os dias de mulher . Apenas mulher, que olha, que se cansa de uma cozinha, de um tanque, de uma casa, de ser boazinha, de ser útil sempre, e querer deixar tudo bagunçado, desalinhado, inclusive eu mesma, quando percebemos que o passar dos anos nossas feições se modificam, já não somos belas, com curvas e elegância..... Mesmo a experiencia de vida não me faz mudar, aventurar em coisa bobas como sair simplesmente pelas ruas, passear sozinha, sem hora, sem rumo, ver lojas, sem olhar o relógio, sem dar satisfações.

E voces filhos, não vêem seus pais como seres humanos que também sofrem , que tem expectativas, anseios. Olham , como um dia eu olhei também , os próprios problemas, as próprias dores.... Época de paixões e desamores. Época difícil...


(Senhora B. 21/11/2009 - 20:48hs)

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